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sábado, 7 de janeiro de 2012

"Samitério das Mascotes" - Excertos


"Samitério das Mascotes", de Stephen King.

(Pet Sematary)

Excertos:

"- Sabem o que está lá?
- Sim. O cemitério das mascotes - elucidou Crandall.
- O cemitério das mascotes... - repetiu Louis confuso.
- Não é assim tão estranho como provavelmente lhe soa - prosseguiu Crandall, fumando e balouçando-se na cadeira. - É a estrada. Mata uma quantidade de animais, aquela estrada. Cães e gatos na maioria, mas não só. "
(cap.6 - pag. 25)

"-Aquele Samitério das mascotes é, por vezes, o seu primeiro encontro de caras com a morte- observou Jud - Vêem as pessoas morrer na televisão, mas sabem que é tudo a fingir, como nos filmes de cowboys, as pessoas levam as mãos ao estômago ou ao peito e caem. Aquele lugar no cimo do monte parece-lhes mais real do que todos os espectáculos apresentados no cinema e na televisão, não lhe parece?
Louis esboçou um aceno de cabeça afirmativo, pensando, ao mesmo tempo: "importa-se de dizer isso mesmo à minha mulher?"
(cap. 10 -pag. 55)

"- Foi muito mau para a Ellie, Lou? Ficou perturbada?
"não", pensou, "ela sabe que as pessoas de idade morrem regularmente, como sabe que deve largar o gafanhoto quando cospe... como sabe que quando tropeça no numero treze ao saltar à corda lhe morre a melhor amiga... como sabe que se vão colocando as sepulturas em circulos cada vez menores, lá em cima, no Samitério das Mascotes...""
(cap. 20 - pag. 111)

"- O gato da sua filha estava realmente morto?
- Eu pensei que sim - respondeu Louis.
- Tem de saber com certeza. É médico.
- Essas palavras soam quase a "tem de saber com certeza, Louis. É Deus". Eu não sou Deus. Estava escuro."
(cap. 26 - pag. 163)


"Louis Creed acabou por concluir que o último dia realmente feliz da sua vida foi em 24 de Março de 1984. Os acontecimentos que se seguiram , pairando sobre as suas cabeças, como uma espada mortal, ainda se distanciavam sete semanas, mas, ao fazer a retrospectiva daquelas sete semanas, nada descobriu que se destacasse com o anterior colorido. Supunha que, mesmo que nenhuma daquelas coisas terríveis houvesse acontecido, se lembraria do dia para sempre. "Os dias que parecem verdadeiramente bons - na íntegra - são, de qualquer maneira raros", pensou. Provavelmente em toda a vida de um homem, e na melhor das hipóteses, somente havia menos de um mês destes dias. Louis achava que Deus, em toda a Sua infinita sabedoria, parecia muito mais generoso quando se tratava de prodigalizar a dor."
(cap. 35 - pag. 218)

"Aquelas sepulturas, aquelas sepulturas dispostas em círculos quase druídicos.
As sepulturas do Samitério das Mascotes eram uma réplica do mais antigo símbolo religioso de todos os tempos: círculos que diminuíam numa espiral que se desenrolava não na direcção de um ponto, mas do infinito; a ordem a partir do caos ou o caos a partir da ordem, dependendo da perspectiva da mente. Tratava-se de um símbolo que os egípcios haviam cinzelado nos túmulos dos faraós, um símbolo que os fenícios tinham desenhado nas padiolas destinadas aos réis que caíam; existia nas paredes das grutas da antiga Micenas; os construtores da Stonehenge tinham-no criado como um relógio do tempo universal; surgia na Bíblia judaico-cristã, como um redemoinho onde Deus se envolvera para falar com Job.
A espiral era o mais antigo símbolo de poder do mundo, o símbolo mais antigo criado pelo homem ligado à ponte que pode existir entre o mundo e o abismo."
(cap. 42 - pag. 285)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sangue Felino de Charlaine Harris


Contracapa:
Traída pelo seu namorado vampiro de longa data, Sookie Stackhouse, empregada de bar do Louisiana, vê-se obrigada não apenas a lidar com um possivel novo homem na sua vida (Quinn, um metamorfo muito atraente), mas também com uma cimeira de vampiros há muito agendada. Com o seu poder enfraquecido pelos estragos do furacão em Nova Orleães, a rainha dos vampiros locais encontra-se em posição vulnerável perante todos aqueles que anseiam roubar o seu poder. Sookie vê-se obrigada a decidir de que lado ficará. E a sua escolha poderá significar a diferença entre a sobrevivência e a catástrofe completa...

Excertos:

"-Halleigh, já que vais casar com um policia, talvez possas dizer-me... de que tamanho é o cassetete? - perguntou Elmer Claire Vaudry."
(cap. 2, pag. 27)

"-Sookie, não sei que tipo de jogo estranho tens com o Eric, mas não é bom para nós.
- Não tenho jogo nenhum! Nada!
- Podes nao ter, mas ele sim. Não é o mesmo desde o tempo que passaram juntos.
- Nao sei o que possa fazer acerca disso - disse, baixando a voz."
(cap. 6 - pag. 76)

"- Onde está o Eric? - perguntou Andre aos outros xerifes.
Cleo riu-se. Era o tipo de gargalhada profunda que fazia os homens olhar.
- Foi recrutado - respondeu - o padre não apareceu e Eric tirou um curso. Por isso, será ele a realizar a cerimónia.
Andre sorriu.
- Será digno de se ver. Qual é a ocasião?
- Será anunciada daqui a instantes - disse Gervaise.
Tentei perceber que tipo de igreja aceitaria Eric como sacerdote. A Igreja dos Lucros Elevados? Dirigi-me à banca de Bill e tentei captar a atenção de Pam.
- O Eric é padre? - murmurei.
- Da Igreja do Espírito Caloroso."
(Cap. 10, pag. 144)

"Não. Não, não, não. Não me sentia diferente. Sentia-me humana. Estava quente. Respirava. Precisava de ir à casa de banho. E também sentia fome. Pensei no famoso bolo de chocolate da velha Sra. Bellefleur. Senti àgua na boca. Sim, humana."
(cap. 14, pag. 203)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Alice eu fui - Excertos

"Alice eu fui" de Melanie Benjamin

Contracapa: Alice eu fui é uma biografia romanceada de Alice Liddell, a criança que inspirou o grande clássico da literatura infanto-juvenil Alice no País das Maravilhas. É a primeira vez que a história é contada do ponto de vista irreverente da própria Alice - agora uma octogenária que olha em retrospectiva para o seu passado e reflecte sobre a jornada extraordinária que foi a sua vida para além do País das Maravilhas - e mostra-nos como o facto de ter sido a jovem protagonista mais famosa da história da literatura afectou toda uma vida que atravessa as eras vitoriana e eduardiana, desde os tempos passados em Oxford, aos amores tumultuados de Alice, pretensamente cortejada por um elemento da realeza, e aos conturbados últimos anos da sua vida, passando pela história encantatória de um mistério de infância que levou uma vida inteira a resolver. Com uma intriga bem construída, esta narrativa explora a natureza elusiva e indecifrável do amor e da sexualidade, presentes na psique humana desde a infância, e ajuda-nos, através dos factos narrados, a compreender os assombros e os abismos, as passagens para o outro lado do espelho. História de amor e mistério literário, esta obra entretece com brilhantismo factos e ficção para captar o espírito apaixonado de uma mulher verdadeiramente inspiradora.

Excertos

"Mas, ó minha querida, eu estou farta de ser Alice no País das Maravilhas. Parece-te ingratidão da minha parte? E é. Só que estou mesmo farta."
(Cuffnells, 1932 - pag. 13)

"A minha mãe riu-se. - Está claro que não! As minhas filhas não haverão de se casar com professores universitários. As minhas expectativas vão muito para além disso! - Com certeza. Eu ficaria desapontado se esperasse o contrário... São umas pérolas. E, por conseguinte, só deveriam ser leiloadas pela proposta mais alta. Fiquei muito confusa. Só os escravos eram vendidos em leilão, e havia muito tempo que a escravatura fora abolida."
(Oxford, 1859 - cap.2 - pag. 49)

"- Era uma vez uma menina chamada Alice - começou ele. - Oh! - Não me consegui conter. Mr. Dodgson já nos contara centenas de histórias, histórias nas quais reconhecíamos, mesmo que fossem absurdas, outras pessoas. Mas era a primeira vez que dava o nosso nome a uma personagem. Ofereci-lhe um sorriso, à espera. A Ina baixou os olhos para o colo, a sua expressão furiosa. - A Alice começava a ficar muito farta de estar sentada ao lado da irmã na margem - prosseguiu ele, sem dar um nome à irmã, para meu perpétuo deleite."
(Oxford, 1859 - cap. 4 - pag. 89)

"Meu querido amor, Estou morta de preocupação por sua causa. Sinto-me obrigada a manter um ar digno e distanciado, expressando a minha leve apreensão, pois, naturalmente, enquanto filha do Decano, deveria ficar convenientemente desejosa por receber notícias da sua saúde. Todavia, "convenientemente desejosa" não chega nem de perto nem de longe para revelar a angústia que me vai na alma. Anseio por estar ao seu lado; invejo os médicos que têm o privilegio de cuidar de si. Oh, oxalá fosse a minha mão a limpar-lhe a testa, a segurar a sua, a dar-lhe a comer sopas nutritivas! Entende agora o meu desespero? É capaz de imaginar Miss Alice Liddell a carregar uma terrina de sopa entre as suas mãos alvas como os lirios?"
(Oxford, 1875, cap. 9 - pag. 173)

domingo, 8 de maio de 2011

A Senhora de Shalador - Excertos

"A Senhora de Shalador" de Anne Bishop
(8º livro no Mun
do das Jóias Negras)

Contracapa: "Depois da Trilogia das Jóias Negras, Anne Bishop regressa com mais um romance que tem lugar no seu universo empolgante e Apaixonante"
Durante longos anos, o povo de Shalador suportou as crueldades das Rainhas corruptas que reinavam, proibindo tradições, punindo quem se atrevia a desafia-las e forçando muitos à clandestinidade. Pese embora os refugiados tenham encontrado abrigo em Dena Nehele, nunca conseguiram considerar esse lugar como a sua terra.
Agora, depois da aniquilação dos Sangue deturpados de Dena Nehele após a purificação, a Rainha de Jóia Rosa, Senhora Cassidy, assume o seu dever para restaurar a terra e dar provas das suas capacidades como soberana. Ciente de que para assumir tal tarefa irá precisar de todo o animo e coragem que conseguir reunir, invoca o poder dentro dela que nunca fora posto à prova, um poder capaz de a consumir caso não consiga controlá-lo.
Ainda que a Senhora Cassidy sobreviva à sua prova de fogo, outros perigos a aguardam. Pois as Viúvas Negras descortinam nas suas teias entrelaçadas visões de algo iminente que irá mudar a terra - e a Senhora Cassidy - para sempre.

Excertos
"-Olá criança-feiticeira. - Saeta afastou os livros e virou-se para se apoiar na mesa de madeira escura. Estava à espera dela. Por isso não se recolhera aos seus aposentos de modo a repousar durante as horas do dia mais severas e extremamente extenuantes para um Guardião.
- Olá papá - respondeu Jaenelle. Não se aproximou para o abraçar. Não desviou o olhar. Na verdade, o constante entrelaçar de dedos representava um único indício de nervosismo.
O mito vivo. Sonhos tornados realidade. A filha da sua alma. Quase a tinham perdido quando ela purgou os Reinos dos Sangue que tinha sido corrompidos por Dorothea e Hekatah. Estava novamente integra e saudável, ainda que demasiado magra, na sua opinião. O cabelo louro, cortado bem curto durante a recuperação, tinha um ar desgrenhado."

(pag. 36)

"-Ensina-lhes como agir quando uma Rainha faz uma estupidez - respondeu Karla.
- Antes ou depois de lhe dar um pontapé no rabo como forma de lhe chamar a atenção? - perguntou Lucivar.

Karla mostrou os dentes naquilo que poderia ser um sorriso e disse: - Beijinho, beijinho.
Ranon pestanejou. Nunca ouvira ninguém dizer tal coisa como se significasse "enfia uma faca no rabo".
(pag. 64)

"Daemon descalçou os sapatos e as meias. Verificou um pé, depois o outro. Não reagiu quando bateram à porta do gabinete, mas a porta acabou por abrir. Jaenelle entrou, levando um grande tabuleiro.
- O que estás a fazer? - perguntou, parecendo arrependida.
- A contar os dedos dos pés.

Um compasso de espera.

- Não falta nenhum, pois não?

- Não. - Graças às Trevas."
(pag. 149)

"- Este lindo gatinho é o Príncipe Kaelas.
O "lindo gatinho" era um enorme Príncipe dos Senhores da Guerra branco que usava Jóia Vermelha - e que não metia metade do medo que Daemon metia naquele momento."
(pag. 210)

"-Podes ficar para a ceia? - perguntou Daemon a Lucivar.
- Não tenho escolha - disse Lucivar entre dentes. - A Marion disse que, se quero permanecer casado, vou ficar fora de casa o serão inteiro."
(pag. 324)

"Daemon semicerrou os olhos dourados ao vê-la mastigar vagarosamente e engolir. Até então, só testemunhara aquela expressão no rosto dela quando ele fazia algo especialmente agradável com as mãos ou a boca.
- Deixa lá experimentar uma. - Estendeu a mão para tirar uma bolacha.

Ela abraçou a lata, deu um passo para trás e rosnou.
-É meu.
- Querida - ronronou- vais partilhar.
- Porquê?
- Porque aprecias fazer amor comigo.
Atentou nele aqueles olhos azuis-safira.

- Julgas que consegues proporcionar-me sexo tão bom quanto estas bolachas?
- Julgo que sim."

(pag. 394)

sábado, 7 de maio de 2011

O Leão de Oz - Excertos

"O Leão de Oz" de Gregory Maguire

Capa (interior): O Leão de Oz retrata uma batalha de vontades precipitada pelos iminentes exércitos da Cidade Esmeralda. Que sabe o Leão acerca do paradeiro de Liir, o filho da Bruxa? Que poderá Yackle revelar sobre os augúrios do Relógio do Dragão do Tempo? E o Grimmário, o livro mágico que desapareceu tão rapidamente quanto Elphaba? Será o destino alguma vez arbitrário? Poderão aqueles que foram manchados pela infâmia escapar aos seus cognomes - cobarde, mau, descerebrado, criminosamente honesto - e reclamar as suas próprias histórias para viverem honradamente nas próprias peles antes de serem esfolados vivos?
Ao mesmo tempo um retrato de um pretenso sobrevivente e um vislumbre panorâmico de um mundo colocado de cabeça para baixo com o frenesim da guerra, o novo romance de Gregory Maguire foi escrito com a compaixão e força que tornaram os seus livros clássicos contemporâneos.

Excertos

"Chegou a altura de ela morrer, e ela não morria; assim sendo, talvez definhasse, pensaram, e definhou, mas não se extinguiu; chegou então a altura de receber a derradeira absolvição, por isso colocaram-lhe velas na clavícula, mas ela não consentiu tal coisa. Blasfemou com prazer e derrubou os óleos perfumados por cima da mortalha que fora colocada numa tripeça ali ao lado. - Deus a ame - disseram num tom amargo, pouco convincente, ou talvez quisessem dizer "Que o Deua Inominado a ame, à nossa impenitente irmã Yackle, pois nós seguramente não conseguimos".
(Depoimento de um Oráculo - Cap.1 - pag. 27)

"-O coração de um Leão - murmurou Yacke, quase ronronando. Brr resistiu à tentação de imaginar que ela estava a ser sarcástica, mas não conseguiu resistir ao efeito dominó das memórias, uma após a outra, que havuam posto fim à sua infância. O ímpeto da mente consegue ser involuntária e vexatoriamente caprichoso."
(O Infantário na Floresta - Cap. 2 - pag. 67)

"-Ela regressou? - perguntou Yackle. - Ela está aqui?
- Quem? - devolveu Brr. Reprimiu um estremecimento de triunfo. Funcionara. Até uma vidente se podia sobressaltar, ao que parecia. - A qual delas se refere?
- A Elphaba, é claro - respondeu Yackle.
E por muito obtuso que fosse, Brr conseguiu pressenti-lo: a simples menção de Elphaba, da sua lamentável história, fizera o sangue correr mais depressa nas vetustas veias de Yackle."

(O Infantário na Floresta - Cap. 6 - pag. 110)

"Não evitou pensar em Dorothy, não precisava de o fazer. Evaporara-se para longe de Oz tão eficazmente quanto a Bruxa. Seria de pensar que Dorothy fora trazida de fora com o único intuito de se envolver humidamente com a Bruxa. Mas isso era paranóia, não era? Dorothy que se fodesse, por assim dizer."
(Um Cobarde Patriota - Cap. 6- pag. 199)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SANGUE OCULTO - excertos

Livro IV da Saga "Sangue Fresco"

Contracapa:
"Sookie terminou a sua relação com Bill após considerar que ele a traiu. Um dia, quando sai do trabalho para casa, depara-se com um vampiro nu e desorientado. Rapidamente ela percebe que ele nao tem a minima ideia de quem é nem para onde vai, mas Sookie sabe: ele é Eric e parece tão assustador e sexy - e morto - como no dia em que o conheceu."


Excertos:
" - (...) Posso ficar no quarto contigo?
Ó, Deus. Olhos de cachorrinho. De um vampiro viquingue gigante e velho de séculos. Era demais. Não tinha energia suficiente para gargalhar e limitei-me a produzir um risinho triste.
- Anda daí - disse, sentido a voz tão fraca quanto as pernas."
(Cap. I- Pag. 32)


"(...) - Sou humana. Não preciso de matar ninguém para sobreviver.
- Mas os humanos matam outros humanos com frequência. E nem sequer precisam de os comer ou de lhes beber o sangue.
- Nem todos os humanos.
- É verdade - concordou - Nós, os vampiros, somos todos assassinos.

- Mas, de certa forma, sao como leões.
Eric pareceu espantado.
- Leões? - repetiu, baixando a voz.

- Todos os leões matam. - Naquele momento, a ideia pareceu-me inspirada. - Portanto, os vampiros sao predadores, como os leões e os velociraptores. Usam o que matam. Precisam de matar para comer.

- O senão dessa teoria confortante é que somos quase idênticos aos humanos. E já fomos humanos. E, além de vos usarmos como alimento, também podemos amar-vos. Dificilmente um leão quereria acariciar um antílope.
Subitamente, havia algo no ar que nao estava presente no momento anterior. Senti-me um pouco como um antílopo perseguido por um leão com gostos bizarros."

(Cap. 3 , Pag . 59)


"Se houvesse um concurso internacional de rabos, Eric venceria com todos os trunfos na mão. Ou no rabo. Ganharia um grande, grande troféu. Nao sabia que uma mulher poderia precisar de lutar para manter as mãos longe de um homem, mas ali estava eu, cravando as unhas na palma das mãos, olhando fixadamente o interior das palperas como se conseguisse ver através delas se tentasse com força suficiente.
Senti que era degradante desejar alguém de forma tão... voraz (outra boa palavra aprendida como calendário) apenas pela sua beleza fisica. Também nao sabia que as mulheres eram capazes disso. "

(Cap. 6 - pag. 115)


" - Este é o Bill, o teu anterior companheiro? - A voz de Eric soou um pouco... forçada. - Ah, este é o... bom... mais ou menos... - disse, sentido-me miserável. O "anterior" estava correcto. Mas o "companheiro" nem por isso."
(Cap. 11, Pag. 211)

domingo, 23 de maio de 2010

A TALENTOSA FLAVIA DE LUCE - Excertos

Autor: Alan Bradley

Contracapa:
No seu primeiro romance travessamente brilhante, Alan Bradley, vencedor do Debut Dagger Award, apresenta uma das heroínas mais cativantes da ficção recente: Flavia de Luce, onze anos, aspirante a investigadora quimica com uma paixão por venenos.

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"Na manhã seguinte estava atarefada com os balões e os frascos do meu laboratório de química no último andar da ala oriental quando Ophelia irrompeu pela sala dentro sem sequer um cumprimento afectado.
- Onde está o meu colar de pérolas? Encolhi os ombros.
- Não sou eu que guardo os teus berloques.

- Sei que o levaste. As pastilhas de hortelã-pimenta que estavam na minha gaveta da roupa interior desapareceram também e constatei já que nesta casa as pastilhas hortelã-pimenta extraviadas parecem acabar sempre na mesma pequena boca suja.
Ajustei a chama da lâmpada de álcool que aquecia um copo de precipitação com um líquido vermelho.
- Se estás a insinuar que a minha higiene pessoal não está ao mesmo nível elevado da tua podes ir lamber-me as galochas.
- Flavia!
- Bem, podes mesmo. Estou fartissima de levar sempre com as culpas de tudo, Feely."
(Cap. 1 - pag 13)

"- Uma palavria, Flavia - disse o inspector Hewitt, saindo pela porta da frente.
Teria estado à minha espera?

- Certamente - respondi com amabilidade.
- Onde é que foi ainda agora?
- Estou detida, inspector? - Era uma piada, esperava que ele percebesse."

(Cap. 6 - pag. 74)

"Encontrei Daffy na biblioteca, empoleirada mesmo no topo de uma escada com rodinhas.
- Onde está o pai? - perguntei.
Ela virou uma página e continuou a ler, como se eu nunca tivesse nascido.

- Daffy?

Senti o meu caldeirão interior começar a ferver: aquele tacho borbulhante de uma mistura secreta que podia muito rapidamente transformar Flávia, a invisivel em Flávia, a Pestinha.
Agarrei num dos degraus e dei um bom abanão à escada e depois um empurrão para começar a rolar.(...)"
(Cap. 11 - pag. 119)

"Quando acordei por fim, o sol batia na janela e eu apanhara uma constipação perfeitamente horrivel. Mesmo antes de descer para o pequeno almoço já usara todos os lenços da minha gaveta e dera cabo de uma toalha turca perfeitamente boa. Escusado será dizer que nao estava de bom humor.
- Nao te aproximes de mim - disse Feely quando tacteei o caminho até à extremidade mais distante da mesa fungando como uma orca.

- Morre, bruxa - consegui retorquir, fazendo uma cruz com os indicadores.
- Flavia!"

(cap. 19 - Pag. 215)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

CLUBE DE SANGUE - Excertos

Livro 3 da Saga "Sangue Fresco" de Charlaine Harris.

Contracapa:
Há apenas um vampiro com a qual Sookie Stackhouse está envolvida, pelo menos de forma voluntária, e esse vampiro é Bill. Mas recentemente, ele tem estado um pouco distante. E noutro Estado.
Eric, o seu chefe sinistro e sensual, julga saber onde encontrá-lo e, quando dá por isso, Sookie está a caminho de Jackson, no Mississipi, para se infiltrar no submundo do Clube de Sangue. Este clube é um local perigoso onde a sociedade vampirica se reúne para descontrair e beber um copo de O positivo.
Mas quando Sookie finalmente descobre Bill - apanhado num acto de traição séria - ela nao tem a certeza se o quer salvar... ou afiar estacas.

................

"- Bill - disse-lhe, num tom gelado. Havia ali qualquer coisa em grande. E não era a líbido de Bill. (Libido era a entrada mais recente no meu calendário de palavras do dia).
- Não viste o que acabas de ver - retorquiu, com firmeza. Os seus olhos castanhos-escuros fixaram-se em mim sem pestajenar.

- Hmm... - disse, soando talvez um pouco sarcástica. - Que andas a fazer?
- Tenho uma missão secreta.
Não sabia se devia rir ou afastar-me, irritada. "
(Cap.1 - pag. 12)


"Aparentemente, depois de se habituar a sexo frequente e espectacular, o corpo adquire mente própria (por assim dizer) quando é privado dessa diversão. Sem referir a falta que me faziam os abraços e as caricias. O meu corpo implorava-me que espalmasse Alcide Herveaux sobre a cama para poder aproveitar-me dele. Sem perder tempo.)
(Cap. 4 - Pag. 70)


"A lingua de Eric estendeu-se e senti uma ligeira humidade enquanto me lambia as lágrimas. Os vampiros parecem gostar de qualquer fluido corporal se não conseguirem sangue e isso não me incomodava particularmente. Senti-me grata por alguém me amparar, confortando-me, mesmo que fosse Eric. "
(Cap. 8 - Pag 128)


"(Bill) Precisaria de repouso e sangue para voltar ao normal. Enquanto pensava naquilo, percebi que me sentia gelada. Gelada da cabeça aos pés. Bill estaria faminto. Muito faminto. Incrivelmente faminto. E ali estava eu. Comida rápida."
(Cap. 12 - Pag 180)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Visto do Céu - Excertos

Contracapa:
"Horas antes de eu morrer, a minha mãe tinha pendurado no frigorifico um desenho feito por Buckley. No desenho, uma grossa linha azul separava o ar da terra. Nos dias a seguir, vi a minha familia andar de um lado para o outro diante daquele desenho e fiquei convencida de que a grossa linha azul era um sitio real - uma zona intermédia onde o horizonte dos céus se encontrava com o da terra. E desejei ir para lá, para o azulão do lápis de cor, para o azul, para o firmamento"

Excertos:
"Dentro do globo de neve em cima da secretária do meu pai havia um pinguim com um cachecol às riscas encarnadas e brancas. Quando eu era pequena, o meu pai sentava-me ao colo e pegava no globo de neve. Punha-o de pernas para o ar, para a neve se juntar na parte de cima, e depois endireitava-o de repente. Ficávamos os dois a ver a neve cair lentamente à volta do pinguim. Eu costumava pensar que ele estava sozinho lá dentro e tinha pena dele. Um dia, falei nisso ao meu pai e ele disse: "Nao te preocupes, Susie, porque ele está fechado num mundo perfeito"
(pag. 7)

"Na manhã de 7 de Dezembro, a Ruth queixou-se à mãe de um sonho demasiado real para ser um sonho. Quando a mãe lhe perguntou o que ela queria dizer com aquilo, ela respondeu:
- Ia a atravessar o parque de estacionamento e, de repente, vi um fantasma a correr do campo de futebol em direcção a mim.
A sra Connors continou a mexer a papa de aveia, enquanto a filha gesticulava com os seus longos dedos magros, dedos que tinha herdado do pai.
- Era do sexo feminino, isso senti eu - continuou a Ruth - Elevou-se do campo. Tinha os olhos vazios e um véu branco a cobrir-lhe o corpo, fino como gaze. Vi-lhe a cara através dele, o nariz, os olhos, as faces e o cabelo."
(Cap. 3 - pag 34)

"- Costumas pensar nela? - perguntou ele.
Ficaram de novo calados.
- Constantemente - respondeu a Ruth, e eu senti um arrepio pelas costas abaixo - Ás vezes penso que ela tem sorte. Eu detesto esta terra.
- Eu também - disse o Ray - Mas já vivi noutros sitios. Este é só um inferno temporário, não é para sempre.
- Não estás a querer dizer...
- Ela está no céu, se acreditarmos nessa coisa.
- Tu não acreditas?
- Não me parece, não.
- Eu acredito - afirmou a Ruth - Não na porcaria dos anjinhos com asas e tudo, mas acredito que existe um céu.
- Ela está feliz?
- Se é o céu, claro!
- Mas o que significa isso?
O chá estava gelado e já tinha soado o primeiro toque para as aulas. A Ruth sorriu para dentro da chávena.
- Bom, como diria o meu pai, significa que ela já está fora desta merda."
(Cap. 6 - pag. 69)

Trailer do Filme:




sábado, 12 de dezembro de 2009

The brothers LionHeart - Excertos


Contracapa:
The brothers Lionheart is one of Astrid Lindgren's finest stories. A best-seller across the world, it is loved by generations of adults and children.


Excerto:

"- Did you know that I'm going to die? - I said, and I wept.
Jonathan thought for a moment. Perhaps he didn't really want to answer, but in the end he said:
- Yes, I know.
Then I cried even more.
- How can things be so terrible - I asked - How can things be so terrible that some people have to die, when they're not even ten years old?
- You know, Rusky, I don't think it's that terrible - said Jonathan - I think you'll have a marvellous time.
- Marvellous - I said - It is marvellous to lie under the ground and be dead?
- Oh - said Jonathan - It's only your shell that lies there, you know? You yourself fly away somewhere quite different.
- Where? - I asked - because I could hardly believe him.
- To Nangiyala - he said.
- To Nangiyala - he just threw out the word as if it were something everyone in the world knew. But at the time, I had never heard it mentioned before.
- Nangiyala? - I said - Where's that?
Then Jonathan said that he wasn't quite certain about that, but it was somewhere on the other side of the stars. And he began to tell me about Nangiyala, so that one almost felt like flying there at once."
(chapter 1 - page 1)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O SENHOR IBRAHIM E AS FLORES DO CORÃO - excerto

Contracapa:

Em Paris, nos anos 60, Momo, um rapazinho judeu de doze anos, torna-se amigo do velho merceeiro árabe da rua Bleue. Mas as aparência iludem: o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rue Bleue não é azul e o rapazinho talvez não seja judeu.


Excerto: (escolhi apenas 1 porque o livro é muito pequenino e este excerto dá a noção do conteudo do livro)


"- Porque nunca sorris, Momo? - perguntou-me o Senhor Ibrahim.
Esta pergunta era um verdadeiro murro, um golpe tramado, não estava preparado para ela.
- Sorrir é coisa para pessoas ricas, senhor Ibrahim. Não tenho meios para isso.
Para me aborrecer começou precisamente a sorrir.
- E julgas que eu sou rico?
- Tem sempre notas na caixa. Não conheço ninguém com tantas notas à frente durante todo o dia.
- Mas as notas servem para pagar a mercadoria e a renda. Sabes, pouco me resta no fim do mês.
E sorria ainda mais, como que para me provocar.
- Senhor Ibrahim, quando digo que é uma coisa de pessoas ricas, quero dizer que é algo para pessoas felizes.
- Pois bem, é aí que te enganas. É o facto de sorrir que nos faz felizes.
- Uma ova.
- Experimenta.
- Uma ova, já disse.
- És bem educado, não és, Momo?
- Que remédio, senão apanho uns tabefes.
- É bonito ser bem-educado. Amável é ainda melhor. Experimenta sorrir e logo verás.
(...)
No dia seguinte comporto-me mesmo como um doente que tivesse sido picado toda a noite: sorrio a todos.
- Não, senhora doutora, peço desculpa mas não compreendi o exercicio de matemática.
Pumba: sorriso.
- Não consegui fazê-lo!
- Pois bem, Moisés, vou explicar-te outra vez.
Nunca tinha visto uma coisa assim. Nada de descomposturas, nem de avisos. Nada.
Na cantina...
- Não se importa de me dar mais um pouco de creme de castanha?
Pumba: sorriso.
- Sim, com queijo fresco...
E obtenho-o.
(...)
É a embriagez. Já nada me resiste. O senhor Ibrahim deu-me a arma absoluta. Metralho toda a gente com o meu sorriso. Nao me tratam mais como um chato.
(pag.22)

domingo, 22 de novembro de 2009

ELSPETH - A Senhora do Pensamento - Excertos

1º Livro das "Cronicas de Obernewtyn" de Isobelle Carmody.

Contracapa:
Para Elspeth Gordie, nascida com insondáveis poderes mentais que a condenariam à esterilização ou à fogueira se fosse descoberta, a vida envolve inúmeros perigos. Só o segredo permite a sobrevivência, por isso ela decide nunca recorrer aos seus dons proibidos. Estes parecem, contudo ter um designio próprio e, ao usá-los, Elspeth atrai inevitavelmente as atenções do Conselho totalitário que governa a terra.
Enviada para a instituição de Obernewtyn, Elspeth terá de despir o seu manto de segredos e enfrentar aqueles que desejam ressuscitar as aterríveis forças na origem do apocalipse. Só então Elspeth descobre verdadeiramente quem é - e o que é.

ELSPETH - A senhora do pensamento

"Nos dias que se seguiram ao holocausto, que veio a ser conhecido como a Grande Luz, houve morte e loucura. Em parte, isso deveu-se à prolongada chuva de radiação que se abateu sobre o mundo. Aqueles que por sorte viviam em quintas e herdades remotas foram poupados ao flagelo químico provocado pela Grande Luz, embora tivessem visto o céu empalidecer e nele pressentido a morte. Estas pessoas defenderam sem piedade as suas terras e famílias impolutas, chacinando os refugiados que chegavam às centenas das cidades envenenadas."
(Introdução - pag. 9)

"Tal como acontecia com os outros orfãos, as história de Obernewtyn faziam parte do meu imaginário. Os pais usavam-nas para assustar as crianças irrequietas e obrigá-las a portarem-se bem. Mas a verdade é que o lugar permanecia envolto num grande mistério."
(Cap. três - pag. 40)

"Assim que a porta se fechou, a filha saltou para cima de mim com a faca em punho.
- Uma porca inadaptada? Qu'ajuda é qu'ela vai dar? Vê-se logo qu'é atrasada dos pirolitos - escarneceu com desdém, ameaçando-me com a faca. O sorriso licoroso da cozinheira desfez-se de imediato. Atravessando a cozinha com duas passadas, aplicou um estrepitoso estalo na filha com a colher de pau.
- Se não tem miolos, vai dar-se bem contigo, qu'és uma bela parva, Lila. "
(Cap. nove - pag. 88)

"-Os inadaptados nem sempre são o que parecem. Muitas vezes, os tratamentos revelam mais demónios.
Baixei a cabeça, com receio que os meus olhos denunciassem o ódio frio que me ardia no peito. Os únicos demónios na mente das pessoas eram aqueles que os tratamentos aí semeavam."
(Cap. dezassete - pag. 163)

"Mais importante era o modo como o Conselho reagira à descoberta de pessoas como nós. Já não tinhamos a menor dúvida de que seríamos interrogados e queimados caso fôssemos descobertos. A reacção do Conselho também demonstrava que seriam capazes de fazer o que fosse preciso para apanhar um de nós vivo e, se alguma vez chegassem a saber da minha existência e lessem os meus relatórios à luz do que se passara com Jes, deduziriam que eu tinha dons semelhantes."
(cap. Vinte e Um - Pag. 191)

sábado, 21 de novembro de 2009

DÍVIDA DE SANGUE - excertos

2º Livro da "Saga do Sangue Fresco" de Charlaine Harris


Dívida de Sangue


"Reconhecera que, se tocasse as pessoas enquanto lhes lia os pensamentos, isso tornava a imagem mais clara... como mudar para a televisão por cabo depois de usar uma antena. E descobrira que, se 'transmitisse' imagens tranquilizantes a alguém, conseguia fluir como água através do seu cérebro.
Poucas me agradariam menos do que fluir pela mente de Alcee Beck. Mas, mesmo que de forma absolutamente involuntária, via um panorama completo de reacção profundamente supersticiosa de Alcee à descoberta de que havia um vampiro a trabalhar no Merlotte's, da sua repulsa por perceber que eu era a mulher de que ouvira falar que namorava um vampiro e da sua profunda convicção de que a homossexualidade assumida de Lafayette fora uma vergonha para a comunidade negra."
(cap 1 - pag 20)

"- A tua blusa estava tão esfarrapada que precisámos de a retirar - disse Pam, esboçando um amplo sorriso. - Amparámos-te no colo à vez. Foste admirada, Bill ficou furioso.
- Vai para o diabo - foi tudo o que me ocorreu dizer.
- Quanto a isso quem poderá saber?"
( cap. 3 - pag. 42)

"Depois das malas serem lavadas para o quarto (suficientemente grande para um caixão e para uma cama), o silencio na pequena sala tornou-se desconfortável. Havia um pequeno frigorifico bem abastecido com PureBlood, mas, naquela noite, Bill preferiria o produto genuíno."
(cap. 4 - pag. 67)

"A placa sobre o relvado cuidado anunciava: 'CENTRO DA IRMANDADE DO SOL - SÓ JESUS REGRESSOU DA MORTE'.
Com um ronco de desprezo, saí do carro de Hugo.
- Aquilo é falso - referi ao meu acompanhante - Lázaro também regressou da morte. Os idiotas nem sequer conseguem perceber as Escrituras."
(cap. 5 - pag. 104)

"-Posso ajudar-te a entrar na banheira se quiseres, Sookie - ofereceu Eric.
- Não me parece. - Queria um banho mais do que qualquer outra coisa neste mundo. E não queria voltar a vestir aquelas roupas em toda a vida, mas nao tomaria banho nenhum com Eric por perto.
-Aposto que serás encantadora nua - disse Eric, apenas para me dar ânimo.
- É verdade. Sou tão apetitosa como um grande bolo com creme."
(cap. 6 - pag. 148)

"-Sookie - disse Eric. Não me pareceu que tivesse ouvido uma palavra. - Entrega-te a mim.
Era bastante directo.
- Não - respondi-lhe, no tom mais decidido que consegui. - Não.
- Proteger-te-ei do Bill.
- Serás tu a precisar de protecção! - Quando pensei naquela frase, não me orgulhei dela.
- Achas que o Bill é mais forte do que eu?"
(cap. 10 - pag. 207)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

IVANHOE - excertos

Contracapa:

Inglaterra. 1194. Os cruzados estão a regressar da Terceira Cruzada. Ricardo Coração de Leão foi capturado pelo duque de Saxónica e continuará seu prisioneiro, julga-se.
Robin dos bosques luta contra a injustiça com os seus alegres companheiros de armas.
Wilfrid de Ivanhoe é um nobre saxão partidário de Ricardo L., o rei normado com quem combateu na Terra Santa. Este facto, mais a sua paixão por Lady Rowena , fazem com que o pai o deserde. (...)

Excertos:

"- Ainda não é tarde - conciliou Oswaldo - Ainda não há uma hora que correu o sino.
A frase foi mal escolhida para desculpar o colega, porque teve o condão de aumentar o descontentamento de Cedric.
- Vai para o diabo com o tal "correr o sino"!... Maldito seja o bastardo que inventou esse dito e o criado sem coração que se atreve a dizê-lo diante de um Saxónico!... Correr o sino! Obrigar pessoas honestas a apagar as luzes e o lume para que os ladrões e os salteadores trabalhem à vontade!..."
(p. 24, cap. III - O azedume de sir Cedric)


"A meio da calvagada, o principe João parou de súbito e disse para o prior:
- Pela Santa Virgem! Esquecemos o principal. Não escolhemos a rainha da beleza e dos amores, aquela que há-de entregar com a sua linda mão o prémio ao vencedor. Quanto a mim, como sou de ideias liberais, não me importaria de votar pelos lindos olhos negros de Rebeca.
- Mãe do Céu!... Uma judia!... Mereceríamos que nos lapidassem aqui mesmo e eu ainda sou muito novo para o martírio. De resto, em minha opinião, lady Rowena, a bela Saxónica, é muito mais bonita.
- Judia ou Saxónica, cão ou porco, é tudo o mesmo. Vou escolher Rebeca, quanto mais não seja para arreliar aqueles estúpidos Saxónicos. "
(p. 66, cap. VIII - A vitória do cavaleiro deserdado)

"- Nem mais um passo, orgulhoso templário - intimidou a Judia - ou atiro-me do precipício que se abre a meus pés. Se tentas aproximar-te, ficarás sabendo que uma Judia prefere entregar a alma a Deus a entregar a honra a um templário."
(p. 157 - Cap. XXII - Rebeca diante do destino)

"- Negociei mais do que uma vez com os santos padres e sei que a abadia é rica. Come-se e bebe-se bem no convento. Se eu tivesse por um ano ou por um mês o que eles têm, não regataria o oiro para me libertar.
- Maldito Judeu - protestou o prior - Melhor do que ninguém tu sabes que estamos crivados de dividas por causa da reparação do coro.
- E por terem enchido a adega com os melhores vinhos da Gasconha - retorquiu o Judeu - Mas isso, para vós, não passa de ninharia.
- Cão infiel! O celerado blasfema da santa igreja e os Cristãos não o castigam por tanta temeridade!"
(p. 230 - Cap. XXXI - A partida do cavaleiro negro)

Existe o filme de 1952!!




quinta-feira, 6 de agosto de 2009

AMANHECER - excertos

Contracapa:

- Não tenhas medo - murmurei. - Pertencemos um ao outro.
De repente, senti-me esmagada pela realidade das minhas próprias palavras.
O momento era tão perfeito e verdadeiro, que não havia forma de o negar.
Os braços dele rodearam-me, apertando-me contra si...
Uma corrente electrica pareceu percorrer cada extremidade dos meus nervos.
-Para sempre - confirmou ele.
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"A minha quota-parte de experiências de quase morte tinha sido mais do que suficiente; na realidade, isso é algo a que nunca nos acostumamos.
Mas estranhamente, parecia que enfrentar de novo a morte era inevitável."
(Livro1 - Bella - Prefácio - pag. 11)
"-Já sinto a tua falta.
- Não preciso de me ir embora. Posso ficar...
- Hum.
Fez-se silêncio por um longo momento. Distinguia-se apenas o som abafado do meu coração a bater, o ritmo entrecortado da nossa respiração ardente e o murmúrio dos nossos lábios a moverem-se em sincronia.
Ás vezes, era muito fácil esquecer que estava a beijar um vampiro."
(Livro1 - Bella - dois - Uma noite longa, pag. 33)

"Ele fechou os olhos.
- Pára com isso.
- Paro com o quê?
- Pára de reagir como se eu não fosse um monstro por ter concordado com isto.
- Edward! - sussurei, verdadeiramente irritada. Ele estava a empurrar a minha recordação luminosa para a escuridão e a conspurcá-la. - Nunca mais digas isso.
Edward continuou de olhos fechados, parecendo que não queria olhar para mim.
- Repara em ti, Bella. E depois diz-me que não sou um monstro."
(Livro1 - Bella - cinco - Ilha Esme, pag. 95)

"-Obrigada Jake. Isso sabe bem.
- Não te vou mentir, Bella. Estás com um aspecto horrivel.
- Eu sei - concordou ela com um suspiro. - Devo meter medo.
- Pareces o Monstro do Pântano - comentei.
Bella riu-se."
(Livro2 - Jacob - dez - Porque não me limitei a sair dali para fora? Ah, sim, porque sou um idiota , pag. 189)

"Dirigi-me para a porta, a fazer a contagem decrescente dos segundos a cada passo que dava.
- Houston, cinco... quatro...
- Vais partir para a lua, rafeiro? - resmoneou Rosalie, por entre dentes.
- Sabes como se afoga uma loura, Rosalie? - perguntei-lhe sem parar nem me voltar na sua direcção. - Cola-se um espelho no fundo de uma piscina.
Ouvi o riso de Edward ao bater com a porta."
(Livro 2 - Jacob - catorze - Sabes que algo está errado quando te sentes culpado por seres rude com vampiros , pag. 272)

"-Tenho de te dizer isto, Bella. Estás completamente estrambólica.
Sorri-lhe abertamente, resvalando sem dificuldade para a nossa antiga matriz. Aquela era uma faceta de Jacob que eu compreendia bem.
Edward resmungou.
- Vê se tens tento na lingua, rafeiro"
(Livro 3 - Bella - vinte e dois - Prometida , pag. 430)

" - Emmett, o que te parece fazermos uma pequena aposta?
Ele pôs-se imeditamente de pé.
- Fantástico. Vamos a isso!
Mordi o lábio por um segundo. Ele era mesmo enorme.
-A não ser que tenhas medo... - insinuou ele.
Endireitei os ombros como um autónomo.
- Tu. Eu. Braço-de-ferro. Mesa grande. Agora."
(Livro 3 - Bella - vinte e seis - Brilhante , pag. 516)

"Ao encaminhar-me devagar para o lar dos Cullen, reconheci que a esperança e a presença de espírito, que quase pareciam uma auréola visivel em redor da casa grande e branca, também tinham feito parte de mim naquela manhã. Agora, pareciam-me algo desconhecido.
Ouvir Edward tocar para mim dava-me vontade de chorar. "
(Livro 3 - Bella - trinta e quatro - Declarações , pag. 648)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A MULHER DO VIAJANTE DO TEMPO - excertos

Contracapa:
"Quando se encontram pela primeira vez ela é uma jovem estudante de artes plásticas e ele um intrépido bibliotecário de vinte e oito anos. Claire já o conhecia desde os seis anos... Henry acabava de a conhecer... Estranho?!"

Ps. O filme vai sair ainda este ano nos estados unidos.- Trailer
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(observação: antes de cada excerto está escrito o nome da personagem que narra)

"Clare: Custa ser deixada para trás. Espero por Henry sem saber onde se encontra, perguntando-me se estará bem. Custa ser a que fica.
Mantenho-me ocupada. O tempo passa mais depressa assim.
Adormeço sózinha e acordo sozinha. Ando a pé. Trabalho até me cansar. Observo o vento a brincar com o lixo que passou o Inverno inteiro debaixo da neve. Tudo parece simples até começar-mos a pensar nas coisas. Porque será que a ausência favorece o amor?
Há muito tempo, os homens partiam para o mar e as mulheres esperavam por eles à beira-mar, esquadrinhando o horizonte à procura do minúsculo barco. Agora, eu espero por Henry. Ele desaparece involuntáriamente, sem aviso. Eu espero-o. Cada momento de espera parece um ano, uma eternidade. Tão lento e transparente como o vidro. Através de cada momento vejo momentos enfileirados, esperando. Porque foi ele para onde não posso segui-lo?"
(Prólogo - pag. 17)
"(Quinta-feira, 12 de Abril de 1984 - Henry tem 36 anos e Clare 12 anos)
Henry:
Após um intervalo de cocegas e espernamento, deitamo-nos no chão com as mãos entrelaçadas sobre as nossas cinturas e ela pergunta: - A tua mulher também é viajante no tempo?
- Não. Graças a Deus.
- Graças a Deus porquê? Acho que seria divertido. Podiam ir a lugares juntos.
- Um viajante no tempo por família é mais do que suficiente. É perigoso, Clare.
- Ela preocupa-se contigo?
- Sim. - respondo, docemente - Preocupa-se. - Pergunto-me o que estará Clare a fazer agora, em 1999. Talvez ainda esteja a dormir. Talvez não saiba que eu parti.
- Ama-la?
- Muito - murmuro.
Ficamos deitados em silêncio ao lado um do outro, observando o ondular das árvores, os pássaros, o céu. Ouço um fungar abafado, olho para Clare e fico estupefacto ao ver as lágrimas correrem-lhe dos cantos dos olhos para as orelhas. Sento-me e inclino-me para ela.
- O que foi? - pergunto, mas ela limita-se a abanar a cabeça e a comprimir os lábios. Afago-lhe o cabelo, levanto-a até ficar sentada e envolvo-a nos braços. Ela é uma criança e, ao mesmo tempo não é. - O que tens?
As palavras soltam-se tão baixinho que tenho de lhe pedir que as repita:
- É que eu pensava que talvez fosses casado comigo."
(Lições de Sobrevivencia - pag. 81)

"(Terça, 24 de Dezembro de 1991 - Clare tem 20 anos e Henry 28 anos)
Clare: Henry parece prestes a desmaiar. Querido Deus, por favor não permitas que ele desapareça agora. O padre Comptom está a dar-nos as boas vindas, na sua voz de locutor de rádio. Meto a mão na algibeira do sobretudo de Henry, enfio os dedos no buraco do fundo, encontro a sua pila e aperto-a. Ele salta, como se lhe tivesse dado um choque electrico. 'O senhor esteja convosco' diz o padre Compton. 'E convosco também' , respondemos todos serenamente."
(Vespera de Natal - três , pag. 186)

"(Domingo, 24 de Maio de 1992 - Clare tem 21 anos e Henry 28 anos)
Clare: - Mas quanto sexo é suficiente?
- Para mim? Oh, meu Deus! A minha ideia de vida perfeita seria estarmos sempre na cama. Podiamos fazer amor mais ou menos continuamente e só nos levantármos para irmos buscar provisões, tipo àgua fresca e fruta para evitar o escorbuto, e incursões ocasionais à casa de banho, também poderiamos mudar os lençóis. E ir ao cinema, para evitar escaras. E correr. Eu teria de continuar a correr todas as manhãs.
Correr é uma religião para Henry.
- Correr para quê, se já farias tanto exercicio?
Fica de súbito sério.
- Porque, muito frequentemente, a minha vida depende de correr mais depressa do que quem me persegue."
(Aniversário, pag. 217)

"Domingo, 12 de Outubro de 2003 - Clare tem 32 anos e Henry 40)
Clare: (...) Ás vezes sinto-me contente quando Henry desaparece, mas sinto-me sempre contente quando ele regressa."
(Segredo, pag 371)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A LUZ - Shinning - Excertos

Contracapa:

Zack Torrance vê-se forçado a aceitar um trabalho como zelador de Inverno em Overlook, um enorme hotel nas montanhas do Colorado, um lugar que está absolutamente isolado pela neve entre Novembro e Março. Embora a vida nessas condições de isolamento não pareça fácil, para Jack é um oportunidade perfeita para reconquistar a sua mulher Wendy e o seu filho Danny, e para retornar o seu trabalho como escritor. Mas a familia não está exactamente sózinha em Overlook. Os terriveis acontecimentos que sucederam no hotel no passado vão-se assenhorando lentamente do presente dos seus novos ocupantes até os levar a uma situação aterradora, da qual talvez nenhum deles possa escapar...


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" - Imagino que o senhor se tenha enganado com essa pessoa. Ele agrediu-as?
- Matou-as, senhor Torrance, e depois cometeu suicidio. Matou as duas meninas com uma machadinha, a mulher com uma caçadeira e depois suicidou-se da mesma forma. Tinha uma perna partida. De certeza que estava tão bêbado que caiu pelas escadas abaixo. - Ulman espalmou as mãos e olhou para Jack presumidamente."
(1 - Entrevista de trabalho, pag. 13)


"A maior parte das suas crenças girava em torno do seu amor por Jack. Nunca deixara de o amar, a não ser talvez durante aquela fase negra que se seguiu ao 'acidente'. Amava o filho. E, acima de tudo, amava-os juntos no dia-a-dia, a grande cabeça de Jack e a pequenina de Danny enquanto liam a página da banda desenhada do jornal, partilhando uma garrafa de Coca-Cola. Adorava tê-los com ela, e pedia a Deus que este emprego de zelador do hotel que Al tinha arranjado para Jack fosse o reinício dos bons tempos."
( 6- Pensamentos Nocturnos, pag. 55)


"-Sentes-te feliz meu amor?
Ela olhou-o com seriedade. - Nunca estive tão feliz, desde que casámos.
- A sério?
- Juro por Deus.
Ele apertou-a com força.
- Eu amo-te.
Wendy apertou-o emocionada. Estas palavras não eram uma coisa sem importância na boca de Jonh Torrance; podia contar com os dedos o número de vezes que as ouvira, tanto antes como depois do casamento."
(15 - No Jardim, pag. 119)


"(Pensei ter visto coisas. Eram coisas más... quero que prometas que não vais entrar nesse quarto.)
(Está bem.)
E é claro que uma promessa era muito importante. Ainda assim, a sua curiosidade causava-lhe uma comichão alucinante, como hera venenosa, num lugar que não deve ser coçado. Mas era uma espécie terrivel de curiosidade, do tipo que faz uma pessoa roer as unhas, nas partes mais assustadoras de um filme de terror. O que estava por trás da porta não seria nenhum filme.
(Não acho que essas coisas possam magoar-te... como desenhos assustadores num livro...)
(19 - Em frente do 217, pag. 172)


"(Não há nada não há nada ali, absolutamente nada, NADA, ALI NÃO HÁ NADA!)
O tempo passou. E ele começava a relaxar-se, começava a compreender que a porta não devia estar trancada, e que podia sair, quando as mãos inchadas, sem vida há anos, a cheirarem a peixe, se fecharam suavemente à volta do seus pescoço, e ele foi implacávelmente virado para que olhasse bem para aquele rosto morto e roxo."
(25 - Dentro do quarto 217, pag. 217)


"Voltou-se para Wendy e para Danny. Ela estava sentada e Danny tinha o braço á sua volta. Estavam os dois a olhar fixamente, como se ele fosse um estranho, possivelmente um estranho perigoso. Ele abriu a boca sem ter a certeza do que ia dizer.
-É... Wendy, é o meu trabalho.
- Que se foda o teu trabalho. - disse ela, claramente."
(36 - O Elevador, pag. 297)


"-Wendy, deixa-me sair! Deixa-me sair daqui agora mesmo! Minha puta barata, amargada do caralho! Deixa-me sair daqui! Estou a falar a sério! Deixa-me sair daqui e eu deixo-vos em paz! Se não me soltares, eu parto-te toda! Estou a falar a sério! Parto-te toda, de tal forma que nem a tua mãe te reconheceria se passasses por ela na rua! Agora, abre esta porta!"
(46 - Wendy, pag. 372)

MARCADA - excertos

Contracapa:

Zoey Redbird tem 16 anos e vive num mundo igual ao nosso, com uma única diferença: os vampyros não só existem como são tolerados. Os humanos que os vampyros "marcam" como especiais entram na Casa da Noite, uma escola onde se vão transformar em vampyros ou, se o corpo rejeitar, morrer.


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"Quando achava que o dia não poderia piorar vi o morto ao pé do meu cacifo. Kayla falava sem parar, ao seu estilo tagarela, e nem sequer reparou nele. A principio. Aliás, agora que penso nisso, ninguém reparou nele até ele falar, o que é tragicamente, mais uma prova da minha incapacidade aberrante em me integrar."
(primeiro capitulo - pag. 11)


"Ela limitou-se a sorrir serenamente. És mais velha do que a tua idade, Zoeybird. Tem fé em ti e acharás maneira. Mas lembra-te, as trevas nem sempre equivalem ao mal, assim como a luz nem sempre trás o bem.
Depois a Deusa Nyx, a antiga personificação da Noite, inclinou-se e beijou-me na testa. E, pela terceira vez nesse dia, perdi os sentidos."
( Quinto Capitulo - pag. 48)


"Sim, eu sabia sobre toda a questão do sexo oral. Duvido que haja algum adolescente vivo na América hoje a não saber que o público adulto acha que que fazemos sexo oral a rapazes como quem dá pastilhas (ou talvez seja mais apropriado dizer caramelos). Okay, são tudo tretas e sempre me irritaram."
(Sétimo Capitulo - pag 65)


" - Querem que nos alimentemos bem pela mesma razão que nos obrigam a fazer exercicio todos os dias - para que os nossos corpos estejam tão fortes quanto possível, porque se começarmos a enfraquecer ou a engordar ou a adoecer, é o primeiro sinal de que estamos a rejeitar a Mudança.
- E depois morremos - disse eu, baixinho.
- E depois morremos - anuiu ela."
(Décimo Primeiro Capitulo - pag 103)


"Magia! Estavam mesmo a rezar por magia! Daria resultado - poderia dar resultado? Haveria mesmo magia neste mundo? Lembrei-me da maneira como o meu espirito pudera ver mundos e como a Deusa me chamara com a sua voz visível para dentro da abertura, e depois me beijara a testa e mudara a minha vida para sempre. E como, momentos antes, eu sentira o poder de Neferet a chamar os elementos. Não o imaginara - não o podia ter imaginado.
Fechei os olhos e pensei na magia que parecia rodear-me e depois fiz o meu pedido à noite. O meu desejo secreto é integrar-me... que tenha finalmente encontrado um lar que ninguém me possa tirar."
(Décimo Quinto Capitulo - pag 151)


" A aula Espanhol passou num instante: uma aula inteira para aprender a dizer do que gostamos e do que não gostamos. A professora Garmy era um fartote de rir. Disse que aquilo mudaria as nossas vidas. Me gusta gatos (gosto de gatos). Me gusta ir de compras (gosto de ir às compras). No me gusta cocinar (não gosto de cozinhar). No me gusta lavantar el gato (não gosto de lavar o gato). Eram as frases favoritas da professora Garmy, e passámos aquela hora a inventarmos as nossas.
Tentei não escrever coisas como, por exemplo, me gusta Erik... e no me gusta el megera Afrodite. Okay, tenho a certeza que el megera-o não é como se diz 'megera' em Espanhol, mas mesmo assim."
(Vigéssimo Segundo Capitulo - pag. 230)


"- Que vestido giro, Zoey. Parece mesmo o meu. Ah, espera! Era o meu. - Afrodite soltou uma gargalhada rouca, do tipo 'sou tão crescida e tu és apenas uma miuda'. Abomino quando as raparigas fazem isso. Sim, claro, é mais velha, mas eu também tenho mamas."
(Vigéssimo Sétimo Capitulo - pag. 275)