TRILOGIA - MUNDOS PARALELOS
LIVRO 1 - OS REINOS DO NORTE - A Bussola Dourada
"-Lyra! Que raio estás a fazer aqui? - Solte-me e eu digo-lhe!
- Primeiro parto-te o braço. Como te atreves a entrar aqui?
- Eu acabei de lhe salvar a vida!
Ficaram ambos calados por um momento, a rapariga contorcendo-se com dores, mas esforçando-se para não gritar, o homem inclinado sobre ela, ameaçador como um trovão."
(Pag. 20, cap. 1 - A garrafa de vinho Tokay)
"- Há muito trabalho para o qual preciso de ajuda. - Eu posso trabalhar!
- E é possivel que tenhamos de viajar.
- Não me importo. Vou a qualquer lugar.
- Mas pode ser perigoso. Pode ser que tenhamos de ir ao Norte.
Lyra ficou sem fala. Por fim conseguiu perguntar: - Em breve?
A Sra. Coulter riu e respondeu: - Possivelmente. Mas sabes terás de trabalhar muito. Tens de aprender matemática, navegação e geografia celestial."
(Pag. 70, Cap. 4 -0 Aletiómetro)
"-São pássaros? - perguntou ela. - São feiticeiras - respondeu o urso.
- Feiticeiras! O que é que elas estão a fazer?
- Voando para a guerra, talvez. Nunca vi tantas juntas ao mesmo tempo."
(Pag. 184, Cap. 12 - O rapazinho perdido)
"Algures, do outro lado, está a origem de todo o Pó, de toda a morte, do pecado, da miséria, da destrutividade. Os seres humanos não conseguem ver uma coisa sem desejarem destruí-la, Lyra. Isso é o pecado original. E eu vou destruí-lo. A morte irá morrer."
(p. 323, Cap. 21- As boas vindas de Lord Asriel)
LIVRO 2 - A TORRE DOS ANJOS
"-Eu não tenho um génio - respondeu. - Não percebo o que queres dizer com isso. - Depois continuou: - Ah! Isso é o teu génio?
A rapariga levantou-se devagar. O arminho enroscou-se-lhe em volta do pescoço e os seus olhos negros nunca se desviaram da cara de Will.
- Mas tu estás vivo! - continuou Lyra, meio desconfiada. - Tu não estás... não estás...
- Eu chamo-me Will Parry - interrompeu ele. - Não percebo o que queres dizer com essa história dos génios. No meu mundo a palavra génio significa... significa demónio, uma coisa maligna. "
(p. 25, Cap. 1 - O gato e as faias-brancas)
"- Estamos à procura de uma criança - disse Serafina - uma menina do nosso mundo. Chama-se Lyra Belacqua, mas também usa o nome de Lyra Silvertongue. Mas onde ela poderá estar, no mundo inteiro, não fazemos ideia. Não viu, por acaso, uma rapariga estranha, sózinha.
- Não. Mas vimos anjos, no outro dia, dirigindo-se para o Pólo.
- Anjos?
- Exércitos deles no ar, armados e brilhantes. Não têm sido vistos com muita frequencia nos ultimos anos, embora no tempo do meu avô passassem com frequencia por este mundo, ou pelo menos era o que ele contava."
(p. 119, Cap. 6 - Voadores Resplandescentes)
"- Que raio são aquelas coisas? - perguntou.
- As pessoas chamam-lhes Espectros.
- O que é que fazem, exactamente?
- Já ouviu falar de vampiros?
- Sim, em histórias.
- Os espectros alimentam-se como os vampiros se alimentam de sangue, mas para os espectros o alimento é a atenção. Um interesse consciente e informado do mundo. A imaturidade das crianças é-lhes menos apelativa."
(pag. 232, Cap14 - A ravina de Álamo)
LIVRO 3 - O TELESCÓPIO DE ÂMBAR
"(...) - e, portanto... as pessoas tornam-se anjos quando morrem? É isso que acontece?
- Nem sempre. Não, na grande maioria dos casos...Muito raramente.
(...)
-Mas como é que as pessoas se tornam anjos?
- Qual é a finalidade dessa especulaçao metafisica?
- Eu quero saber. "
(pag. 22, Cap 2 - Balthamos e Baruch)
"- Em quantos mundos consegues entrar com a faca? - perguntou Tialys.
- Em tantos quanto houver - respondeu Will. - Nunca ninguém teve tempo suficiente para descobrir."
(pag. 152, Cap. 14 - Descobrir o que é)
"- Agora estamos mortos? - perguntou Will ao barqueiro.
- Isso não faz qualquer diferença. - respondeu. - Alguns vêm até aqui sem nunca acreditar que estão mortos. Insistem durante todo o caminho que estão vivos, que foi um engano, alguém será responsabilizado; não faz diferença. Há outros que desejam morrer enquanto estavam vivos, pobre almas; vidas cheias de dor e miséria; suicidaram-se por um possível descanso abençoado e descobriram que nada tinha mudado a não ser para pior, e desta vez não havia fuga; não podiam voltar a viver."
(pag. 246, Cap. 21 - As Harpias)
"- O que é que queres? - perguntou o Padre Gomez sem se mexer.
- O que é que eu quero? Quero matar-te, mas nao tenho força para isso.
- Mas tu és um anjo?
- O que é que isso importa?
- Talvez tenhas cometido um erro. Pode ser que estejamos do mesmo lado.
- Não, não estamos. Eu tenho-te seguido. Sei de que lado estás... não, não, não te mexas. Fica aí.
- Não é demasiado tarde para te arrependeres. Até os anjos podem fazer isso. (...) "
(p. 398, Cap. 32 - Para além das colinas, ao longe)