- Vi o Príncipe Sadi quando vinha para aqui - disse Rainier ao entrar na sala de estar. - Parecia ter achado graça a alguma coisa.
- Vamos ver a graça que vai achar quando lhe puser os tomates numa picadora de carne! Sem os arrancar! (Surreal)
(p. 29)
“ – Quando era escravo de prazer em Terreille, acordava todas as manhãs a pensar em quem teria de matar nesse dia ou que tipo de jogo cruel teria de jogar ou se seria a minha vez de ser morto. A cada momento desperto, vivia no fio da navalha e afiava o meu próprio temperamento nessa lâmina. Merecia o epíteto de Sádico.
- E hoje em dia, o que mais te apavora?
- Sexo matinal.
Saetan deixou cair os livros.”
(p. 46)
“tuc. tuc. tuc. tuc. tuc. tuc. O dedo dela no ombro. Conhecia aquela cadência. Raramente vaticinava algo de bom.
- Estás a dormir? – perguntou Jaenelle.
- Mmmm. – Uma resposta evasiva. Podia conter qualquer significado.
tuc. tuc. tuc.
- Daemon?
Entreabriu os olhos.
- Quando temos relações, o teu pénis chora de gratidão?
Várias respostas passaram-lhe pela cabeça. Se optasse por alguma, acabaria a dormir nos aposentos do Consorte. Sozinho.”
(P. 71)
“ *Sabes, é melhor sairmos daqui inteiros* disse Rainier.
*Por mais alguma razão para além da razão óbvia de não desejar ficar aqui presa se me tornar demónia-morta? * perguntou Surreal, ainda a virar-se devagar enquanto estudava a sala.
*Queres ser tu a explicar ao Lucivar que não criaste um escudo antes de entrares numa casa desconhecida?
Ah, merda. Talvez ficar presa na casa não fosse assim tão desagradável.
*Arriscamos e não criamos escudos? * perguntou Rainier.
*Por agora. Vamos reunir o nosso rebanho de ovelhas imbecis e conduzi-las para a divisão do outro lado do vestíbulo. *
* Não são ovelhas imbecis; são crianças. *
* Foi o que eu disse. * "
(p.149)
"Um pequeno escaravelho preto rastejou para fora do ralo. Correu para a outra ponta da banheira, emitindo os sons próprios dos escaravelhos.
É só um, pensou enquanto tentava controlar a respiração. É só um e não consegue sair da banheira.
Um movimento chamou-lhe a atenção.
Outro pequeno escaravelho preto saiu do ralo.
E outro. E mais outro.
Fogo do Inferno, Mãe Noite e que as Trevas sejam misericordiosas.
Era capaz de meter as mãos num corpo coberto de lavas. Era capaz de cortar um homem com um machado embotado. Era capaz de esfolar um homem e nem sequer estremecer. Era capaz de apanhar uma cabeça que acabara de ser arrancada por um felino muito zangado e colocá-la num balde, ao passo que os guerreiros à volta dela nem sequer lhe quereriam tocar.
No entanto, não gostava de escaravelhos."
(p. 201)
"Lucivar parou junto ao portão e esperou pelos dois.
O sorriso indolente e arrogante. Os olhos vítreos. O temperamento explosivo a bailar a um passo da orla assassina.
- Lucivar - disse Dameon.
- Por seres meu irmão e eu gostar de ti é que vou deixar que me digas porque não te hei-de partir a cara.
- Lucivar - disse Jaenelle.
Estalou os dedos, apontou para Jaenelle e rosnou: - Não te metas, Gata. "
(P. 229)
" - Eu consigo aquecer sopa.
- Com certeza que consegues. -Uma vez que tentar ensinar-lhe algumas bases de culinária, não estava nada certo de que conseguisse.
Jaenelle semicerrou os olhos. *Já passaram muitos anos desde que rebentei com a cozinha. *
Embora o rapaz estivesse e fitá-lo de olhos arregalados, deu-lhe um beijo escaldante - e tirou-lhe a marmita de sopa das mãos. * Mais razão me dás para não corrermos riscos. Podes cortar o pão e o queijo*"
(P. 262)