domingo, 8 de maio de 2011

A Senhora de Shalador - Excertos

"A Senhora de Shalador" de Anne Bishop
(8º livro no Mun
do das Jóias Negras)

Contracapa: "Depois da Trilogia das Jóias Negras, Anne Bishop regressa com mais um romance que tem lugar no seu universo empolgante e Apaixonante"
Durante longos anos, o povo de Shalador suportou as crueldades das Rainhas corruptas que reinavam, proibindo tradições, punindo quem se atrevia a desafia-las e forçando muitos à clandestinidade. Pese embora os refugiados tenham encontrado abrigo em Dena Nehele, nunca conseguiram considerar esse lugar como a sua terra.
Agora, depois da aniquilação dos Sangue deturpados de Dena Nehele após a purificação, a Rainha de Jóia Rosa, Senhora Cassidy, assume o seu dever para restaurar a terra e dar provas das suas capacidades como soberana. Ciente de que para assumir tal tarefa irá precisar de todo o animo e coragem que conseguir reunir, invoca o poder dentro dela que nunca fora posto à prova, um poder capaz de a consumir caso não consiga controlá-lo.
Ainda que a Senhora Cassidy sobreviva à sua prova de fogo, outros perigos a aguardam. Pois as Viúvas Negras descortinam nas suas teias entrelaçadas visões de algo iminente que irá mudar a terra - e a Senhora Cassidy - para sempre.

Excertos
"-Olá criança-feiticeira. - Saeta afastou os livros e virou-se para se apoiar na mesa de madeira escura. Estava à espera dela. Por isso não se recolhera aos seus aposentos de modo a repousar durante as horas do dia mais severas e extremamente extenuantes para um Guardião.
- Olá papá - respondeu Jaenelle. Não se aproximou para o abraçar. Não desviou o olhar. Na verdade, o constante entrelaçar de dedos representava um único indício de nervosismo.
O mito vivo. Sonhos tornados realidade. A filha da sua alma. Quase a tinham perdido quando ela purgou os Reinos dos Sangue que tinha sido corrompidos por Dorothea e Hekatah. Estava novamente integra e saudável, ainda que demasiado magra, na sua opinião. O cabelo louro, cortado bem curto durante a recuperação, tinha um ar desgrenhado."

(pag. 36)

"-Ensina-lhes como agir quando uma Rainha faz uma estupidez - respondeu Karla.
- Antes ou depois de lhe dar um pontapé no rabo como forma de lhe chamar a atenção? - perguntou Lucivar.

Karla mostrou os dentes naquilo que poderia ser um sorriso e disse: - Beijinho, beijinho.
Ranon pestanejou. Nunca ouvira ninguém dizer tal coisa como se significasse "enfia uma faca no rabo".
(pag. 64)

"Daemon descalçou os sapatos e as meias. Verificou um pé, depois o outro. Não reagiu quando bateram à porta do gabinete, mas a porta acabou por abrir. Jaenelle entrou, levando um grande tabuleiro.
- O que estás a fazer? - perguntou, parecendo arrependida.
- A contar os dedos dos pés.

Um compasso de espera.

- Não falta nenhum, pois não?

- Não. - Graças às Trevas."
(pag. 149)

"- Este lindo gatinho é o Príncipe Kaelas.
O "lindo gatinho" era um enorme Príncipe dos Senhores da Guerra branco que usava Jóia Vermelha - e que não metia metade do medo que Daemon metia naquele momento."
(pag. 210)

"-Podes ficar para a ceia? - perguntou Daemon a Lucivar.
- Não tenho escolha - disse Lucivar entre dentes. - A Marion disse que, se quero permanecer casado, vou ficar fora de casa o serão inteiro."
(pag. 324)

"Daemon semicerrou os olhos dourados ao vê-la mastigar vagarosamente e engolir. Até então, só testemunhara aquela expressão no rosto dela quando ele fazia algo especialmente agradável com as mãos ou a boca.
- Deixa lá experimentar uma. - Estendeu a mão para tirar uma bolacha.

Ela abraçou a lata, deu um passo para trás e rosnou.
-É meu.
- Querida - ronronou- vais partilhar.
- Porquê?
- Porque aprecias fazer amor comigo.
Atentou nele aqueles olhos azuis-safira.

- Julgas que consegues proporcionar-me sexo tão bom quanto estas bolachas?
- Julgo que sim."

(pag. 394)

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