quinta-feira, 27 de maio de 2010

Leitura do PATRICK - Janeiro a Maio

1 - "Hush Hush" de Becca Fitz (Nota: Patrick leu em Inglês, mas este livro saiu em Português, este mês, com o mesmo nome)

Este livro surpreendeu-me. De início, fiquei logo intrigado com a capa. Anjos, até hoje em dia, não eram um tema de alguma forma comum. (No último meio ano, tenho visto pelo menos dois outros títulos e pelo menos uma série). Mas ao ler a primeira página ou duas – não me inspirou muito entusiasmo.
Mais tarde, vi uma pequena recomendação da excelentíssima Kelley Armstrong (a minha escritora favorita), e decidi compra-lo.
Nos primeiros capítulos senti fortemente as semelhanças ao “Crepúsculo”. O ambiente de escola Norte-Americano, o colega com aspecto estranho, uma atracção inexplicável. As semelhanças acabam aí. Gostei bastante da história num período em que não tinha cabeça para os outros volumes que tinha por terminar.
A escrita é acessível, os personagens estão, na minha opinião, bem definidas. E achei muito refrescante encontrar um livro, que a princípio, parece ser volume único, coisa que hoje em dia também não se vê muito. Afinal, parece que vai ser uma série, mas cada livro em si, traz novos personagens que parecem não ter nada a haver com os anteriores. Não será daqueles livros que nos põem a sonhar, mas recomendo-o de todo.


2 - "Lover Revealed" de J. R. Ward - 4º livro da Serie "Black Dagger Brotherhood"
(Nota: Os dois primeiros livros desta série - traduzida em Português para "A Irmandade da Adaga Negra" encontram-se publicados com o nome "Na sombra da Noite" e "Na sombra do dragao")
Gostei muito das surpresas deste livro. A autora conseguiu por meio de uma estratégia um pouco inesperada, englobar uma personagem que, caso contrário, não deveria continuar na história por muito tempo. Gostei bastante da quantidade de desenvolvimento que Ward deu a novas personagens, ao longo do livro. De facto, considero estes livros muito bem escritos. Só que a autora parece ter a necessidade (completamente desnecessária, pois esta demonstra ampla habilidade como autora) de descrever em detalhe extremo, cenas eróticas, o que me leva, às vezes, a resistir á forte tentação de saltar páginas inteiras.
Faço um esforço para não deixar de as ler, porque tenho medo que algo de importante seja revelado sobre alguma das personagens. Contudo, gostei, e continuo a ler esta série, mas acho que vou-me dedicar a outras publicações.


3 - "A Filha da Profecia" de Juliet Marillier


Depois de quase um ano, consegui finalmente acabar este livro. Tal como tinha dito ao longo do ano passado, ao inicio este livro não me estava a agradar muito, coisa que os dois antecedentes fizeram com bastante forca.Talvez isto tenha acontecido porque, pelo menos até meio do livro, fiquei convencido que a personagem principal quase se tornara num mártir e acabaria por estragar a vida a muitos devido á sua falta de forca de vontade para desafiar a tarefa que lhe foi imposta. Não andava com disposição para o ritmo do livro, e portanto, li vários outros contos antes de regressar a este, com teimosia renovada, para o acabar.
Pouco depois de o recomeçar, quando me faltava pouco mais que um terço do livro, finalmente agarrou-me com forca e acabei de o ler, talvez com um pouco de tristeza para com certos acontecimentos, mas feliz pelo acabamento que Juliet nos deu. Afinal de contas, não desgostei do livro em si, somente deixei que as minhas expectativas me dominassem e quando não se realizaram, eu ia sentindo raiva para com a história. O que dá graça, pois, nunca o faço, com qualquer livro, deixando-me sempre á deriva no conto que o autor criou.
O facto desta história ser um pouco diferente das outras (no sentido contrario ao que achamos que a personagem se vai transformar), também não ajudou para o caso. Gostei bastante e fiquei muito contente com a ‘batalha final’.
Se o tivesse que comparar, embora sejam livros bastante differentes (completamente), em questão á ‘qualidade’ do acabamento, senti que este foi melhor do que, por exemplo, “A Rainha das Trevas”, de Anne Bishop. Esse realmente foi um pouco... apressado, e não gostei muito da maneira com que terminou. A Filha da Profecia deixa-nos com o sentimento de que esta história realmente termina por ali. E para quem não soubesse que existe uma espécie de sequela, considero o final perfeito.


4 - "O Filho de Thor" (vol I & II) de Juliet Marillier (Nota: este livro tb existe num só volume na edição antiga.)
Quando comecei esta série, receei não gostar muito, pois a Trilogia de Sevenwaters está firmemente marcada na minha memória como a “A História de Juliet Marillier”. Mas, depressa me perdi por Rogaland e passei a admirar um jovem de cabelos louros e olhos azuis. A tristeza no meio destes livros levou-me, mais uma vez, á beira das lágrimas. Juliet pintou-nos um quadro de um cenário possível de como seriam os viquingues e as suas demandas. Mais uma vez, traz-nos personagens que nos surpreendem, mesmo quando pensamos já os conhecemos de todo. Achei o final do livro lindo. Como sempre, Juliet não criou um final de “Disney”. Antes, a história acaba como um conto muito realístico e possível. Houve muito sofrimento, muito desespero. E a dor continua bem á vista de todos, ao fecharmos este capítulo. Mas sentimos que as coisas podem melhorar para aquelas ilhas. Acho interessante o facto de nenhuma das ‘heroínas’ de Juliet ser uma beleza de cabelos claros e olhos azuis. Mas desta vez, deu-nos Eyvind. Lol
Não consigo pensar em coisa alguma de que não tenha gostado neste livro.


5- "Cry Wolf" de Patricia Briggs
(Nota: Não existe em português)

Logo no inicio nota-se a diferença entre esta série e a da personagem “Mercy Thompson”. É um livro escrito na terceira pessoa e alterna entre as duas personagens principais.
Esta história conta-nos o que se passa com a comunidade dos lobisomens, entre o segundo e o terceiro volume da Mercy. Custou-me um pouco a acostumar-me ao modo de escrita, visto que estava a habituado a algo diferente da mesma autora.
Gostei da maneira como uma personagem salta para a outra, sem muita revisão dos acontecimentos anteriores. (Coisa que ás vezes torna um livro escrito neste estilo, um pouco aborrecido.) O pouco que existe, dá-nos a conhecer em relevo, as mentes de ambos os protagonistas. Gostei bastante, mas prefiro a série da Mercy, pois gosto mais da personagem dela, precisamente por não ser um lobisomem.


6 - "The Reckoning" (livro #3 - Darkest Powers Trilogy) de Kelley Armstrong
(Nota: Não existe em português)

Regressamos para o ultimo livro desta trilogia, que é primeira tentativa de Kelley, a fazer ficção para adolescentes.

O livro começa bastante calmo, mas logo nos primeiros capítulos, os putos vêem-se noutra alhada. Como é habitual, Kelley consegue dar-nos a volta e surpreender-nos com factos inesperados, o que torna os seus livros ainda mais aliciantes. O final do livro foi excelente, mas também fica um pouco ‘aberto’. Nota-se que Kelley pretende, um dia, voltar a Chloe e os seus camaradas, uma vez terminado a próxima trilogia que está a terminar: “Darkness Rising”

Kelley ilustra perfeitamente as mentalidades dos adolescentes. O que adorei mais foi como a sua escrita não muda, em relação á maturidade. Ela simplesmente retirou as partes mais explícitas (nada de Bishop’s, nem Ward’s) e ficamos com um narrativa eficaz e tão boa como a série adulta. Adorei, recomendo esta série a qualquer pessoa que goste de magia e o sobrenatural.


7 -"Tales of the Otherworld" de Kelley Armstrong
(Nota: Não existe em português)

Não tenho muito a dizer sobre este volume sem ser que é, mais uma vez, uma excelente antologia de histórias curtas que Kelley criou para proporcionar o detalhe entre certas histórias, ou explicar coisas do passado. Adorei, especialmente o encontro de Eve e Kristoff, embora fosse triste. E finalmente, fiquei a saber a origem de Elena, a protagonista do primeiro livro, “Stolen”. Um volume necessário para qualquer fã do 'Otherworld'.


8- Procura-se Diamante Para Relacionamento Sério" de Lauren Weisberger (na versão original chama-se "Chasing Harry Winston" )

Logo de início, este livro manteve-me a rir . É um livro maduro, mas cheio de comédia que se mantêm realista e credível. Adorei como Lauren criou três personagens tão diferentes, e as juntou como melhor amigas. Adriana, a filha de imigrantes brasileiros (acredito que ela também seja nascida em São Paulo), é um espectáculo. O livro, a certo ponto, fez-me rir tanto que chorei e fiquei de barriga a doer. O que gostei mais foi como o livro é tão bem escrito, que me manteve completamente obcecado, sem ter nem um só aspecto sobrenatural. (Coisa raríssima para mim.)Quero ir á procura dos outros títulos desta autora, o primeiro (acho eu – desconheço a ordem de publicação, mas não importa, pois são todas histórias diferentes).


9 - "Eon" de Alison Goodman - Livro originalmente publicado com o titulo de "Two Pears of Wisdom"
(Nota: Não existe em português)

Estou completamente obcecado com esta história. Agarrou-me logo no primeiro capítulo, e tenho feito um esforço para ‘fazer render o peixe’. Uma história situada num mundo muito parecido à época das dinastias dos imperadores na antiga China. Allison pegou nas mitologias chinesas, Japonesas e outros mitos orientais, e criou o seu próprio mundo. Os doze dragões correspondentes aos animais do Zodíaco Chinês são lindos de imaginar. Eon é na verdade, uma rapariga, Eona, que é escolhida para treinar como ‘Dragoneye apprentice’, pois ela exibe o talento raríssimo de ver os onze dragões celestiais. Naquele mundo – se for descoberta, a sentença será a morte. Uma história que me faz lembrar um pouco o filme da Disney, ‘Mulan’. Mas é bastante diferente, e adoro a variedade de personagens.
Fico muito satisfeito em encontrar outro autor Australiano, de qualidade, como a minha antiga ‘paixão’ literária, Victor Kelleher.
Adorava que este livro fosse feito num filme – é tal o meu amor pela história – mas lembro-me logo que as produções raramente são feitas em dedicação aos fãs. Contento-me pelo facto de o segundo volume, (a conclusão desta saga) só sair no princípio de 2011, pois assim fico com uma luzinha no horizonte. Encontro-me nos últimos capítulos, e duvido muito que mude de ideias.

1 comentário:

Patrick D. disse...

Achei melhor emendar que o nome da autora do primeiro livro, "Hush Hush", chama-se Becca Fitzpatrick. (Não tinha sido engano meu, Claudinha. :p)