Contracapa:
"Seguindo uma denúncia anónima, Theo Nikonos, investigador de Experiencias de Quase-Morte, descobre uma mulher aprisionada nas caves de uma luxuosa clínica. Apesar de estar sobre o efeito de drogas, ela revela factos verdadeiramente inacreditáveis sobre as suas Experiencias de Quase-Morte e implora para que ele a ajude.
Fascinado pela beleza daquela mulher desprotegida, Theo sente-se compelido a levá-la consigo. Mas o seu interesse não termina aqui: o que ela lhe revelou pode revolucionar o conceito das Experiências de Quase-Morte. Talvez por isso há quem esteja disposto a tudo para a ter em seu poder... nem que para isso Theo tenha que ser eliminado.
À medida que junta as peças do complicado puzzle, Theo vai compreender que ha respostas que estão para lá do mundo dos vivos. "
--------------------------
Excertos:
"A primeira vez que vi Laura Duquesne foi seis meses após a sua morte.
Durante todo o caminho desde Nova Iorque, não consegui evitar o receio do que me esperava. Normalmente, num caso destes, esperaria encontrar desfiguração extrema ou, no minimo, alguma marca deixada pelos médicos que tentaram salvá-la.
Mas, em vez de um corpo desfigurado, encontrei uma jovem e bela mulher que parecia ter adormecido momentos antes da minha chegada."
(cap. UM - pag. 11)
"-Não acredita em mim, - disse ela. - Consigo ver-lhe nos olhos que não acredita em mim.
- Já lhe disse que apenas faço as entrevistas, - respondi. - Não me cabe decidir o que é verdade ou não. Tudo o que sei é que o seu marido está oficialmente morto.
- Eu também estava, - contrapôs ela. - Também estava oficialmente morta. Mas aqui estou eu a falar consigo."
(Cap. QUATRO - pag. 37)
"- Vai dar-lhe outra dose? - perguntou o homem no corredor.
- Disseram-me para a manter inconsciente, -respondeu Gravendahl.
- Porquê? Têm medo de descobrirmos o que andam a preparar?
Gravendahl abriu a caixa e retirou o cilindro de plástico estreito. - Não faças perguntas, -disse. - Quando menos soubermos, melhor para nós."
(Cap. DEZASSETE - pag. 103)
"O meu coração doía de desejo de lhe contar a verdade, de que contar quanto a amava e quão desesperadamente queria ajudá-la a ultrapassar as fases iniciais da recusa do luto para que pudesse aceitar os factos e retribuir o meu amor. Infelizmente tudo o que eu sabia sobre psicologia humana dizia-me que o momento da verdade teria de esperar até conseguir provar-lhe de forma conclusiva que o marido estava inquestionávelmente e irrevogavelmente morto."
(cap. TRINTA E UM - pag. 161)
"Até que ponto me tinha afastado da pessoa que fora outrora?
Houve uma altura em que vivia com medo de encontrar estranhos na rua a horas tardias, em que trancava cuidadosamente a porta de casa para me proteger de intrusos que nunca vieram, em que evitava entrar em carruagens de metro ocupadas por grupos suspeitos de adolescentes. Agora encarava com normalidade a noção de que alguém queria matar-me, examinava cadáveres de vitimas de homicidio e não tinha qualquer problema em escapar à policia e a outros perseguidores na companhia de uma mulher que resgatara do cativeiro."
(cap. QUARENTA E TRÊS - pag. 224)
Sem comentários:
Enviar um comentário