Zack Torrance vê-se forçado a aceitar um trabalho como zelador de Inverno em Overlook, um enorme hotel nas montanhas do Colorado, um lugar que está absolutamente isolado pela neve entre Novembro e Março. Embora a vida nessas condições de isolamento não pareça fácil, para Jack é um oportunidade perfeita para reconquistar a sua mulher Wendy e o seu filho Danny, e para retornar o seu trabalho como escritor. Mas a familia não está exactamente sózinha em Overlook. Os terriveis acontecimentos que sucederam no hotel no passado vão-se assenhorando lentamente do presente dos seus novos ocupantes até os levar a uma situação aterradora, da qual talvez nenhum deles possa escapar...
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" - Imagino que o senhor se tenha enganado com essa pessoa. Ele agrediu-as?
- Matou-as, senhor Torrance, e depois cometeu suicidio. Matou as duas meninas com uma machadinha, a mulher com uma caçadeira e depois suicidou-se da mesma forma. Tinha uma perna partida. De certeza que estava tão bêbado que caiu pelas escadas abaixo. - Ulman espalmou as mãos e olhou para Jack presumidamente."
(1 - Entrevista de trabalho, pag. 13)
"A maior parte das suas crenças girava em torno do seu amor por Jack. Nunca deixara de o amar, a não ser talvez durante aquela fase negra que se seguiu ao 'acidente'. Amava o filho. E, acima de tudo, amava-os juntos no dia-a-dia, a grande cabeça de Jack e a pequenina de Danny enquanto liam a página da banda desenhada do jornal, partilhando uma garrafa de Coca-Cola. Adorava tê-los com ela, e pedia a Deus que este emprego de zelador do hotel que Al tinha arranjado para Jack fosse o reinício dos bons tempos."
( 6- Pensamentos Nocturnos, pag. 55)
"-Sentes-te feliz meu amor?
Ela olhou-o com seriedade. - Nunca estive tão feliz, desde que casámos.
- A sério?
- Juro por Deus.
Ele apertou-a com força.
- Eu amo-te.
Wendy apertou-o emocionada. Estas palavras não eram uma coisa sem importância na boca de Jonh Torrance; podia contar com os dedos o número de vezes que as ouvira, tanto antes como depois do casamento."
(15 - No Jardim, pag. 119)
"(Pensei ter visto coisas. Eram coisas más... quero que prometas que não vais entrar nesse quarto.)
(Está bem.)
E é claro que uma promessa era muito importante. Ainda assim, a sua curiosidade causava-lhe uma comichão alucinante, como hera venenosa, num lugar que não deve ser coçado. Mas era uma espécie terrivel de curiosidade, do tipo que faz uma pessoa roer as unhas, nas partes mais assustadoras de um filme de terror. O que estava por trás da porta não seria nenhum filme.
(Não acho que essas coisas possam magoar-te... como desenhos assustadores num livro...)
(19 - Em frente do 217, pag. 172)
"(Não há nada não há nada ali, absolutamente nada, NADA, ALI NÃO HÁ NADA!)
O tempo passou. E ele começava a relaxar-se, começava a compreender que a porta não devia estar trancada, e que podia sair, quando as mãos inchadas, sem vida há anos, a cheirarem a peixe, se fecharam suavemente à volta do seus pescoço, e ele foi implacávelmente virado para que olhasse bem para aquele rosto morto e roxo."
(25 - Dentro do quarto 217, pag. 217)
"Voltou-se para Wendy e para Danny. Ela estava sentada e Danny tinha o braço á sua volta. Estavam os dois a olhar fixamente, como se ele fosse um estranho, possivelmente um estranho perigoso. Ele abriu a boca sem ter a certeza do que ia dizer.
-É... Wendy, é o meu trabalho.
- Que se foda o teu trabalho. - disse ela, claramente."
(36 - O Elevador, pag. 297)
"-Wendy, deixa-me sair! Deixa-me sair daqui agora mesmo! Minha puta barata, amargada do caralho! Deixa-me sair daqui! Estou a falar a sério! Deixa-me sair daqui e eu deixo-vos em paz! Se não me soltares, eu parto-te toda! Estou a falar a sério! Parto-te toda, de tal forma que nem a tua mãe te reconheceria se passasses por ela na rua! Agora, abre esta porta!"
(46 - Wendy, pag. 372)
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